Capela de Nossa Senhora do Rosário

 

 

Embora obedecendo ao sistema construtivo ainda característico do período colonial, a capela data de meados do séc. XIX. Segundo informa Victor Silveira na publicação Minas Geraes em 1925, sua construção se deu a partir de 1840. A bênção da capela foi procedida pelo cônego José Maria Versiani, então vigário do alto sertão da Bahia, em 1858. Não foram localizados elementos sobre a iniciativa da edificação do templo, mas é provável que, a exemplo do ocorrido em quase todas as velhas localidades mineiras, tenha ela partido da irmandade local de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

Em 1909, registrava o Anuário de Minas Gerais que todas as igrejas e capelas de Itamarandiba se achavam “caprichosamente tratadas”, inclusive a capela do Rosário, anexo a qual se mencionava também a existência de um cemitério. Deduz – se que o mesmo foi submetido a várias reformas e modificações ao longo dos a

A planta compõe – se da nave, capela – mor e laterais a esta dois puxados corredores correspondentes às sacristias. A fachada, bastante modificada mostra três portas de acesso, sendo a central de maior largura e o único vão terminado em verga de arco abatido. Á altura do coro veem – se três janelas, sendo as laterais protegidas por balaústres de madeira torneada. A torre central é única e arrematada numa esfera angular. Possui duas janelas sobrepostas, sendo a superior destinada ao sino. Todos os vãos frontais, à exceção da porta principal trazem vergas de ponta com bandeiras trabalhadas em interessante desenho de madeira recortada. Internamente, a capela apresenta pisos de tabuado e forros em forma abobadada . A capela – mor se comunica com as sacristias por aberturas que formam arcos ogivais.

O interior da capela é simples. Nele se destacam as grades do coro e de separação da nave em balaústres de madeira torneada e o altar único na capela – mor é um modesto retângulo em madeira escura, curioso, no entanto pela sua singular estrutura, que parece formada de três oratórios conjugados. No nicho central fica a imagem de Nossa Senhora do Rosário, peça de boa confecção. A pintura chapiscada e quase apagada dos forros denuncia, em discreta fantasia, um desejo de maior alegria decorativa do pequeno templo. 

 

 

Fonte: SILVEIRA, Victor. Minas Geraes Em 1925. Belo Horizonte: Editora Imprensa Official, 1926. 

Imagem: Igreja do Rosário em 1978. Acervo Pessoal. 

 

 

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