Dona Raimunda trabalha com a modelagem do barro. Sua arte surgiu da necessidade de alimentar os filhos, ainda pequenos. Ela conta que um dia, as crianças com fome perguntaram a ela quando iriam comer. Ela, sem algum alimento que pudesse dar a eles, disse que iria fazer um passarinho de barro e a hora em que o passarinho voasse é que seria a hora de todos comerem. Ansiosos, os filhos de dona Raimunda esperaram o pássaro de barro secar enquanto a mãe lavava roupa na beira do rio. Quando o pássaro secou e as crianças pediram por comida, ela tristemente disse que havia feito aquilo para distrai - los. Dias mais tarde, um amigo que visitava sua casa notou a escultura de barro que ela havia feito sobre a mesa e comprou - a. Desde então ela produz peças do barro que retira do próprio quintal e já vendeu seus produtos até para o exterior. Imagens de santos, animais, flores, o que a imaginação permitir criar é moldado e pintado por Dona Raimunda, que mostra que a singeleza da arte pode brotar das maiores dificuldades.
Centro Virtual de História e Cultura David Pimenta
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